1990 - 1996

Histórico

Em fevereiro de 1990, a linha 454 (Grajaú-Leblon) via túnel Santa Bárbara era operada com apenas 2 ônibus.

Em dezembro de 1990, as linhas 600 (Sáenz Peña-Taquara) e 601 (Sáenz Peña-Taquara), passam a se exploradas em conjunto com a Viação Redentor.

Em janeiro de 1991, o Corpo de Bombeiros adquire a garagem do Largo da Penha, desativada desde 20 de abril de 1984.

No dia 7 de fevereiro de 1991, circulam os últimos ônibus da CTC em Santa Teresa.

No dia 18 de fevereiro de 1991, por ordem do Governador Moreira Franco, a 27 dias do final de seu mandato, a CTC é finalmente desativada. 

A CTC contava com frota patrimonial de 467 ônibus, distribuídos nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Campos, mas com apenas 80 ônibus operacionais, transportando diariamente cerca de 50 mil passageiros, em 30 linhas. Mais da metade da frota de 467 ônibus era irrecuperável, devendo ser vendida como sucata.

A CTC contava então com 30 linhas em operação nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Campos, sendo 17 linhas no Rio de Janeiro.

As linhas passam a ser operadas em caráter emergencial por 88 ônibus e 14 micro-ônibus das empresas particulares, nas seguintes linhas:

C-3 (Estrada de Ferro - Castelo)
C-6 (Hospital dos Servidores - Lapa)
261 (Praça XV - Madureira)
206 (Castelo - Silvestre)
207 (Lapa - Rodoviária)
214 (Castelo - Paula Mattos)
406 (Largo do Machado - Rodoviária)
407 (Largo do Machado - Silvestre)
408 (Dois Irmãos - Estácio)
626 (Praça Sáenz Peña - Penha)
675 (Meyer - Penha)
740 (Cascadura - Taquara)
780 (Benfica - Madureira)


No dia 4 de março de 1991, o Governo do Estado cede a área de 2,5 mil metros quadrados da Garagem de Vila Isabel para a escola de samba Unidos de Vila Isabel instalar sua quadra de ensaios.

No dia 20 de março de 1991, a CTC contava com apenas 53 ônibus em condições de operar. O plano do governador Brizola, que assumiu o cargo recentemente, era de reativar as primeiras linhas em 30 dias. 

No dia 22 de março de 1991, é publicado o Decreto nº 16.504, assinado pelo governador Leonel Brizola, reativando a CTC.

No dia 15 de maio de 1991, em função do início da nova gestão do governador Leonel Brizola, é anunciada a nova pintura dos ônibus da CTC, agora vermelhos com letras brancas nas laterais.

No dia 14 de setembro de 1991, a CTC é finalmente reativada com 82 ônibus repassados por empesas particulares, distribuídos em 7 linhas nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. 

O Globo, 16/09/1991


Em 21 de novembro de 1991, é reativada a linha 207 (Lapa - Rodoviária) com frota de 10 carros e tarifa de Cr$ 140,00.

Linhas da CTC restabelecidas em 1991

Rio de Janeiro

C-3 - Estrada de Ferro – Castelo, 03/10/1991
C-6 - Hospital dos Servidores – Lapa, 03/10/1991
207  - Lapa - Rodoviária, 21/11/1991
610 - Morro do Tuiuti - Lapa
780 - Madureira – Benfica, 14/10/1991

Niterói

15 (Centro – Ilha da Conceição)
996 (Charitas – Gávea), 05/10/1991
999 (Charitas – Castelo) via Icaraí, 14/09/1991
999 (Charitas – Castelo) via Fonseca, 14/09/1991

Dos 130 ônibus cedidos pelas empresas particulares, 32 foram devolvidos por falta de condições de funcionar.

Com exceção da linha 999 (Charitas-Castelo),  a CTC reativa as linhas deficitárias, deixando as linhas rentáveis nas mãos dos empresários de ônibus.

No dia 14 de outubro de 1991, a CTC reativa, com frota de 19 carros, a linha 780 (Madureira-Benfica), que passa a transportar cerca de 15 mil passageiros/dia. A linha funcionava 24 horas por dia. No dia 2 de novembro de 1991, e reativada a linha 675 (Meyer-Penha), transportando cerca de 8 mil passageiros/dia, com frota de 10 carros.

Em maio de 1992, a CTC encomenda 175 novos ônibus, sendo 50 articulados Volvo/Ciferal e 125 ônibus a gás modelo 0-371 Mercedes Benz.

No dia 30 de maio de 1992, a linha 261 (Praça XV-Madureira) é reativada, com 20 carros. Em junho transportava a média de 10 mil passageiros/dia funcionando 24 horas por dia.

No mesmo dia é reativado o serviço de jardineiras, com a linha 500 (Pão de Açúcar – Barra da Tijuca).

Em 6 de junho de 1992, são inauguradas duas novas linhas, ligando a Ilha do Governador à estação do Metrô da Praça Onze via Linha Vermelha, recém-inaugurada: 

M-94 (Bancários – Praça Onze) via Dendê
M-95 (Bancários – Praça Onze) via Cacuia

As novas linhas, com frota de 14 novos ônibus a gás natural, foram as primeiras linhas municipais a circularem na Linha Vermelha.

Jornal do Brasil, 06/06/1992 



Em 1992, com 8 linhas municipais em operação na capital, a CTC transporta 12.539.986 passageiros.

Em março de 1993, a CTC recebe os primeiros 20 articulados de uma encomenda de 50, encarroçados na fábrica da Ciferal em Xerém.

No dia 8 de julho de 1993, é lançada a operação de 10 ônibus articulados na linha 261 (Marechal Hermes – Praça XV) no serviço expresso via Avenida Brasil. A linha tinha ponto final na Praça Sarici, em Marechal Hermes.

Em julho de 1993, por determinação da Justiça, a linha 997 (Santa Rosa – Castelo) via Fonseca da CTC é retirada de circulação, restando a opção da Linha 999 (Charitas – Castelo), via Fonseca, da empresa Ingá. O proprietário da Ingá entrou na Justiça alegando que a CTC não tinha condições de operar a linha.

Linha 997

O Globo, 25/07/1993


Em 28 de janeiro de 1994, foi inaugurada a linha intermunicipal Cachoeira de Macacu - Praça 15, com a presença do governador Leonel Brizola.

Em 22 de outubro de 1994, a CTC inaugura a linha intermunicipal 780D (Charitas – Madureira) via Del Castilho e Avenida Suburbana, com frota de 12 ônibus movidos a gás natural.

Em 8 de maio de 1996, é publicado o Decreto que estabelece a suspensão em definitivo das linhas da CTC.

No dia 27 de maio de 1996, circulam os últimos ônibus da CTC nas linhas noturnas Central-Belford Roxo, via Rocha Miranda, Central-Gramacho, via Penha, e Central-Nova Iguaçu, via Madureira. As linhas, conhecidas como Corujões, substituíam o ramais Belford Roxo, Gramacho e Japeri da Supervia.

Em junho de 1996, no governo Marcello Alencar, a CTC é finalmente desativada. Em 24 de junho de 1996 circula o último ônibus da empresa na linha 261 (Marechal Hermes – Praça XV). 

A CTC contava com 5 garagens e 364 ônibus, a maioria em estado regular de conservação.


REFERÊNCIAS:

Novo quartel dos Bombeiros será na rua da Penha. O Globo. Rio de Janeiro. 20 janeiro 1991. Jornal de Bairro. p.6.

Ônibus da CTC param de circular hoje. O Globo. Rio de Janeiro. 19 fevereiro 1991. p.10.

Estado cede área da CTC para Unidos de Vila Isabel. O Globo. Rio de Janeiro. 8 março 1991. p.15.

Brizola revoga extinção e reativa CTC. O Globo. Rio de Janeiro. 23 março 1991.

CTC volta a funcionar. O Globo. Rio de Janeiro. 12 setembro 1991. p.5.

Empresas doam 132 ônibus à CTC. O Globo. Rio de Janeiro. 12 setembro 1991. p.12.

CTC vai reativar linha 207. O Fluminense. Niterói. 20 novembro 1991. p.5.

Usuários agora só esperam uma linha da CTC. O Globo. Rio de Janeiro. 29 dezembro 1991. Jornal de Bairro. p.4.

CTC deixa de lado linhas rentáveis. O Globo. Rio de Janeiro. 15 janeiro 1992. p.16.

Linha 261 em benefício da comunidade. O Globo. Rio de Janeiro. 29 junho 1992. Jornal de Bairro. p.6.

A polêmica dos ônibus articulados. O Globo. Rio de Janeiro. 25 julho 1993. Jornal de Bairro. p.5.

Brizola inaugura estação da Cerj e mais dois Cieps. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 29 janeiro 1994. p.13.

CTC liga Charitas a Madureira. O Globo. Rio de Janeiro. 23 outubro 1994. Jornal de Bairro. p.5.

A última viagem da CTC no caminho rumo à extinção. O Globo. Rio de Janeiro. 25 junho 1996. p.21. 

CTC fecha linhas. O Globo. Rio de Janeiro. 24 maio 1996. p.16.

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